A Câmara dos Deputados está negociando uma mudança estratégica que substituiria o projeto de anistia “ampla, geral e irrestrita” por uma proposta de redução de penas para Jair Bolsonaro, seus ex-assessores e participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A nova abordagem resulta de um acordo entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
De acordo com interlocutores, Motta teria convencido líderes partidários de que a anistia completa é inviável por representar uma afronta ao Supremo Tribunal Federal e contrariar a posição da maioria da população, conforme pesquisas Datafolha. A estratégia prevê a rejeição do pedido de urgência para o projeto de anistia ainda nesta terça-feira (16), seguida pelo anúncio de um acordo para votação da proposta de redução de penas.
O texto do novo projeto ainda não foi divulgado, mas líderes de esquerda manifestaram preocupação sobre possíveis benefícios excessivos para Bolsonaro em comparação com a proposta original que estava sendo elaborada no Senado. A mudança estratégica reflete a complexidade do debate sobre o tratamento jurídico dos envolvidos na tentativa de golpe de 2023.
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