O Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU) realizou um debate na manhã de quinta-feira (28) para discutir o cenário atual e propostas de ampliação da malha de faixas exclusivas para ônibus em Natal. A iniciativa tem como objetivo principal priorizar o transporte coletivo, assegurando mais agilidade às viagens e contribuindo para a redução de congestionamentos.

Conforme dados apresentados, a capital potiguar possui atualmente 50,23 quilômetros de faixas exclusivas. Deste total, 40,96 quilômetros são de responsabilidade da administração municipal, enquanto os 9,27 quilômetros restantes são geridos por outros órgãos. O sistema abrange vias estratégicas como as avenidas Prudente de Morais, Dr. Mário Negócio, Hermes da Fonseca, Senador Salgado Filho, São José, Capitão-Mor Gouveia, Jerônimo Câmara, Amaro Barreto, Nevaldo Rocha e Felizardo Moura. A Conselheiro Tristão, a Ponte Newton Navarro e a avenida Engenheiro Roberto Freire, administradas por outros órgãos, também integram a rede.

Durante a reunião, foram apresentadas propostas concretas para expandir a infraestrutura. Uma delas prevê a criação de 3,22 quilômetros de faixa na BR-101, estabelecendo uma conexão entre o Shopping Via Direta e a Igreja Universal, interligando as Zonas Sul e Leste da cidade. Outra proposta consiste na implantação de um trecho de 1,24 quilômetro entre o Centro Administrativo e o Natal Shopping, ligando as Zonas Leste e Sul. Adicionalmente, foi discutido um projeto de requalificação e extensão de aproximadamente 4,5 quilômetros do corredor de ônibus na avenida Nevaldo Rocha, com um investimento estimado em R$ 24,6 milhões.

A secretária municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Jódia Melo, reforçou a importância dos investimentos para a mobilidade urbana. Ela destacou que, além de evitar congestionamentos e sinistros de trânsito, a sinalização exclusiva beneficia cerca de 35 linhas de transporte público e pode reduzir o tempo de viagem dos ônibus em até 15 minutos.

O CMTMU é o órgão responsável por acompanhar e avaliar a política municipal de transporte e trânsito. Suas atribuições incluem a fiscalização e participação nas revisões do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, além do monitoramento dos serviços de transporte público coletivo e individual. O conselho é composto por representantes do poder público, da sociedade civil, operadores do sistema de transporte, estudantes e trabalhadores por aplicativo, assegurando uma representação ampla e democrática para tratar dos desafios da mobilidade na cidade.