O presidente da Câmara, Hugo Motta, reunirá os líderes partidários nesta terça-feira (12) para estabelecer a agenda de votações após os recentes protestos que paralisaram os trabalhos legislativos. O encontro ocorre em meio à pressão da base governista para priorizar a reforma do Imposto de Renda, que amplia a isenção para rendas de até R$ 5 mil mensais e aumenta a tributação sobre ganhos superiores a R$ 600 mil anuais.
A proposta, aprovada em comissão especial em julho, teve sua votação em plenário adiada devido à ocupação da Mesa Diretora por parlamentares da oposição, que exigiam anistia para condenados nos ataques de 8 de janeiro e protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro. Motta nega qualquer negociação em troca da desocupação: “A presidência da Câmara é inegociável. Não há vinculação entre a retomada dos trabalhos e qualquer pauta específica”.
Enquanto isso, processos disciplinares contra 15 deputados envolvidos nos protestos seguem para análise da Corregedoria, com previsão de conclusão até quarta-feira (13). A decisão sobre eventual afastamento dos parlamentares caberá ao Conselho de Ética, em meio a um ambiente político ainda tensionado pelas recentes turbulências.






Deixe um comentário