O Rio Grande do Norte apresentou a pior performance industrial entre os estados brasileiros em junho de 2025, com retração de 21,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (8). O resultado negativo foi impulsionado principalmente pela forte queda de 34,3% no segmento de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que tem peso significativo na economia do estado.
Apesar do desempenho negativo no setor energético, outros segmentos industriais mostraram crescimento: a indústria extrativista avançou 36,6%, a confecção de vestuário subiu 22,4% e a produção de alimentos registrou aumento de 5,1%. No acumulado do ano, a indústria extrativista cresceu 12,5%, enquanto as confecções e a produção de alimentos registraram altas de 6,9% e 5,9%, respectivamente.
O IBGE destacou que, embora vários setores tenham apresentado resultados positivos, a expressiva participação dos derivados de petróleo na indústria potiguar acabou puxando o índice geral para baixo. Nos últimos 12 meses, apenas os segmentos de alimentos (9,1%) e extrativismo (3%) mantiveram crescimento, enquanto os derivados de petróleo recuaram 18,2% e as confecções caíram 3,7%.
A pesquisa do IBGE monitora a produção industrial em 18 unidades da federação com maior participação no valor da transformação industrial nacional, além da região Nordeste como um todo. Os dados refletem os desafios específicos enfrentados pelo setor industrial potiguar, especialmente no segmento energético, mesmo com o bom desempenho de outros ramos da economia local.
Deixe um comentário