Prisão de Bolsonaro divide brasileiros; maioria não crê que ocorrerá

Pesquisa Datafolha realizada em 29 e 30 de julho mostra que 48% apoiam encarceramento do ex-presidente, mas 51% acreditam que ele conseguirá escapar da pena.

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Ícone de crédito Foto: Reprodução

Uma nova pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em 1º de agosto de 2025, revela o contínuo clima de polarização no país quanto ao destino judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foram entrevistados 3.054 brasileiros com mais de 16 anos em 172 cidades em 29 e 30 de julho; a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Opinião sobre a prisão: 48% afirmam desejar que Bolsonaro seja preso devido ao julgamento por tentativa de golpe de Estado em 2022, enquanto 46% defendem que ele permaneça em liberdade.

Expectativa sobre o resultado judicial: 51% acreditam que ele evitará a prisão, enquanto 40% apostam que ele será condenado e 6% não opinaram.

Em comparação com o levantamento anterior, realizado em abril, houve pequena oscilação: naquela ocasião, 52% apoiavam a prisão, 42% se posicionavam contra, e 52% acreditavam que ele escaparia da condenação — quase os mesmos números atuais.

Perfil por região e grupo social

O apoio à prisão é mais forte entre eleitores de baixa renda (até dois salários mínimos), residentes do Nordeste e simpatizantes do PT. Por outro lado, o desejo de liberdade predomina entre evangélicos, moradores da região Sul, classe média baixa e simpatizantes do ex-presidente.

Contexto judicial e internacional

Bolsonaro aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta articulação de um plano para permanecer no poder após a derrota em 2022, que teria culminado nos ataques golpistas a prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Ele nega todas as acusações. Se condenado, poderá cumprir penas que variam entre 12 e 43 anos de prisão.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, também está no centro de controvérsias internacionais: teve o visto americano revogado e enfrenta sanções com base em lei dos EUA por alegadas violações de direitos humanos.

A divulgação do levantamento ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump tem usado o caso de Bolsonaro como alegação de perseguição política para justificar aumento de tarifas sobre produtos brasileiros — movimento com apoio de Eduardo Bolsonaro, que lidera campanha no exterior por anistia aos envolvidos nos atos golpistas.




Prisão de Bolsonaro divide brasileiros; maioria não crê que ocorrerá


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Pesquisa Datafolha realizada em 29 e 30 de julho mostra que 48% apoiam encarceramento do ex-presidente, mas 51% acreditam que ele conseguirá escapar da pena.

Uma nova pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em 1º de agosto de 2025, revela o contínuo clima de polarização no país quanto ao destino judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foram entrevistados 3.054 brasileiros com mais de 16 anos em 172 cidades em 29 e 30 de julho; a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Opinião sobre a prisão: 48% afirmam desejar que Bolsonaro seja preso devido ao julgamento por tentativa de golpe de Estado em 2022, enquanto 46% defendem que ele permaneça em liberdade.

Expectativa sobre o resultado judicial: 51% acreditam que ele evitará a prisão, enquanto 40% apostam que ele será condenado e 6% não opinaram.

Em comparação com o levantamento anterior, realizado em abril, houve pequena oscilação: naquela ocasião, 52% apoiavam a prisão, 42% se posicionavam contra, e 52% acreditavam que ele escaparia da condenação — quase os mesmos números atuais.

Perfil por região e grupo social

O apoio à prisão é mais forte entre eleitores de baixa renda (até dois salários mínimos), residentes do Nordeste e simpatizantes do PT. Por outro lado, o desejo de liberdade predomina entre evangélicos, moradores da região Sul, classe média baixa e simpatizantes do ex-presidente.

Contexto judicial e internacional

Bolsonaro aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta articulação de um plano para permanecer no poder após a derrota em 2022, que teria culminado nos ataques golpistas a prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Ele nega todas as acusações. Se condenado, poderá cumprir penas que variam entre 12 e 43 anos de prisão.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, também está no centro de controvérsias internacionais: teve o visto americano revogado e enfrenta sanções com base em lei dos EUA por alegadas violações de direitos humanos.

A divulgação do levantamento ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump tem usado o caso de Bolsonaro como alegação de perseguição política para justificar aumento de tarifas sobre produtos brasileiros — movimento com apoio de Eduardo Bolsonaro, que lidera campanha no exterior por anistia aos envolvidos nos atos golpistas.

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