A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, de acordo com a avaliação dos empresários, a produção industrial potiguar voltou a cair em junho de 2025 (indicador de 49,3 pontos), após registrar crescimento em maio (55,1 pontos). Nos primeiros seis meses do ano, o setor intercalou três crescimentos e três quedas. Em linha com o desempenho da produção, o número de empregados também apontou retração (48,3 pontos) – a sétima seguida. Por sua vez, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve estável em 76%. Já os estoques de produtos finais caíram (46,9 pontos) em comparação com maio, e ficaram em nível inferior ao planejado pelo conjunto da indústria (46,9 pontos).

No 2º trimestre de 2025, os empresários registraram menor insatisfação com o lucro operacional (49,3 pontos) e maior dificuldade de acesso ao crédito (43,7 pontos). Por outro lado, na percepção dos executivos, os preços dos insumos continuaram elevados, ainda que em ritmo menos intenso do que no trimestre anterior (57,6 pontos) e houve leve aumento da satisfação com a situação financeira (50,9 pontos).

Competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.), elevada carga tributária e falta ou alto custo da matéria-prima foram os três principais problemas enfrentados pela indústria potiguar no 2º trimestre de 2025.

Em julho de 2025, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são otimistas quanto à demanda, às compras de matérias-primas e à quantidade exportada de seus produtos. Todavia, os executivos preveem estabilidade no número de empregados. A intenção de investimento também voltou a crescer.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram recuo na produção; estabilidade no número de empregados; estoques de produtos finais em queda e abaixo do planejado; e mostraram insatisfação com o lucro operacional e a situação financeira no trimestre. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento na produção; queda no número de empregados; estoques de produtos finais estáveis e dentro do desejado; e reportaram satisfação com a margem de lucro e a situação financeira.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram insatisfação com a situação financeira de suas empresas no trimestre (48,4 pontos) e preveem crescimento no número de empregados nos próximos seis meses (51,3 pontos).

Para maiores informações sobre a Sondagem, acesse o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2025/07/SONDIND_junho2025.pdf