Tarifas de Trump pressionam aliados de Bolsonaro no RN, mas não devem mudar voto para governador, diz cientista político

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As tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros – popularmente chamadas de “tarifaço” – devem impactar a disputa presidencial no Rio Grande do Norte, possivelmente beneficiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou um candidato de sua base. No entanto, para as eleições estaduais e legislativas, o efeito tende a ser mínimo. A análise é do cientista político Alan Lacerda, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“Em termos de Estado, as pessoas talvez não votem com esses critérios nacionais e internacionais. Eu vejo impacto sim na eleição presidencial, mas aqui imagino que o presidente Lula deve vencer no Estado ou alguém indicado por ele”, afirmou o especialista.

Para os cargos de governador, senador e deputados, Lacerda explica que o eleitorado potiguar tradicionalmente decide com base em fatores locais. “É muito distante, as pessoas votam com base em outros critérios, de conhecimento, de amizade, de bairro, de profissão. Para senador e governador eu tenho dificuldade de ver impacto.”

O professor destaca que as medidas comerciais de Trump colocam em situação delicada os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado, em especial o senador Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao governo. “De certa forma isso põe na defensiva o senador Rogério Marinho, que possivelmente será candidato a governador. Agora ele vai precisar ter um discurso estadual para ganhar a eleição.”

Lacerda ressalta, porém, que o tema pode perder força até as eleições. “O tarifaço pode se encerrar bem antes da eleição, o eleitor até esquecer. Mas o fato é que isso põe na defensiva os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.”

O cientista político avalia que, enquanto na esfera federal o tema das relações comerciais com os EUA pode influenciar o voto, nas disputas estaduais prevalecem as agendas e conexões locais. “Para deputados estaduais e federais, eu não vejo impacto nenhum. O eleitor não vai escolher seu deputado pensando nas tarifas de Trump”, concluiu.






Tarifas de Trump pressionam aliados de Bolsonaro no RN, mas não devem mudar voto para governador, diz cientista político


As tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros – popularmente chamadas de “tarifaço” – devem impactar a disputa presidencial no Rio Grande do Norte, possivelmente beneficiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou um candidato de sua base. No entanto, para as eleições estaduais e legislativas, o efeito tende a ser mínimo. A análise é do cientista político Alan Lacerda, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“Em termos de Estado, as pessoas talvez não votem com esses critérios nacionais e internacionais. Eu vejo impacto sim na eleição presidencial, mas aqui imagino que o presidente Lula deve vencer no Estado ou alguém indicado por ele”, afirmou o especialista.

Para os cargos de governador, senador e deputados, Lacerda explica que o eleitorado potiguar tradicionalmente decide com base em fatores locais. “É muito distante, as pessoas votam com base em outros critérios, de conhecimento, de amizade, de bairro, de profissão. Para senador e governador eu tenho dificuldade de ver impacto.”

O professor destaca que as medidas comerciais de Trump colocam em situação delicada os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado, em especial o senador Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao governo. “De certa forma isso põe na defensiva o senador Rogério Marinho, que possivelmente será candidato a governador. Agora ele vai precisar ter um discurso estadual para ganhar a eleição.”

Lacerda ressalta, porém, que o tema pode perder força até as eleições. “O tarifaço pode se encerrar bem antes da eleição, o eleitor até esquecer. Mas o fato é que isso põe na defensiva os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.”

O cientista político avalia que, enquanto na esfera federal o tema das relações comerciais com os EUA pode influenciar o voto, nas disputas estaduais prevalecem as agendas e conexões locais. “Para deputados estaduais e federais, eu não vejo impacto nenhum. O eleitor não vai escolher seu deputado pensando nas tarifas de Trump”, concluiu.



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