O professor Antônio Carlos Oliveira Gidi, da Syracuse University de Nova York, ministrou, nesta sexta-feira (11), curso de Redação Jurídica na Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (Ejud-21). Os participantes do curso receberam o livro Redação Jurídica, de autoria do próprio professor, que serviu de base para sua explanação.
O professor falou sobre como escrever com precisão, com clareza, vigor, simplicidade e, principalmente, evitando o juridiquês. “O livro é um tratado contra o juridiquês”, explicou ele ao falar de sua obra.
Ele deu exemplos de estrutura das frases e de parágrafos e falou sobre a importância da gramática. Para ele, “é necessário escrever com empatia para quem vai ler, pensando no leitor”.
O professor falou sobre a linguagem simples, que é defendida hoje pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como uma linguagem acessível aos leigos, principalmente às partes.
No entanto, para ele, “a palavra técnica não pode ser traduzida, ela não tem sinônimo. Não tem um sinônimo leigo para reconvenção (por exemplo). Então, não tem jeito. Essa ideia de que o Direito deve ser compreensível para o povo é populismo, porque não vai ser”.
Por isso, a sua preocupação, segundo Antônio Carlos Oliveira Gidi, não é com a linguagem para o leigo, mas para melhorar e simplificar os textos jurídicos, para torná-lo mais compreensível e eficiente.
A desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro, diretora da Ejud, esteve presente no evento quando afirmou que “a importância desse curso é que a linguagem jurídica deve ser de maior conhecimento agora, quando se fala em linguagem simples, porque são semelhantes, não são a mesma coisa. Ninguém pode fazer a linguagem simples se não tiver um profundo conhecimento da linguagem jurídica”.
O curso do professor Antônio Carlos Oliveira Gidi começou, de forma presencial, e continuará no formato online, nos dias 18 e 25 deste mês e no dia primeiro de agosto.
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