Styvenson aponta suspeita de corrupção em aluguel de Chromebooks no RN; empresa nega e diz que valor está abaixo da média nacional

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Ícone de crédito Foto: Raiane Miranda / Assecom

O contrato de locação de 21 mil Chromebooks pelo Governo do Rio Grande do Norte para a rede estadual de ensino virou alvo de polêmica após duras críticas do senador Styvenson Valentim (PSDB). Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar acusou o Executivo estadual de “desperdício de dinheiro público” e levantou suspeitas de corrupção, o que motivou reação da empresa fornecedora e resposta do governo estadual.

Styvenson comparou o valor pago no contrato de aluguel — cerca de R$ 2.399 por equipamento ao longo de 36 meses — com a aquisição recente dos mesmos Chromebooks por R$ 1.599 cada, feita por meio de emenda parlamentar de seu mandato. “O TCU fez certo em suspender. Isso tem cheiro de corrupção, 10%”, disparou, sugerindo superfaturamento.

Segundo o senador, a empresa contratada, a Repremig, teria sido beneficiada após a desclassificação de outra concorrente, a Altbit, que havia apresentado uma proposta mais barata. O prejuízo estimado por Styvenson gira em torno de R$ 4,7 milhões. “Um estado quebrado, sem dinheiro, faz um contrato pagando R$ 15 milhões a mais do que comprando os equipamentos. Isso é imoral”, declarou.

Repremig rebate e defende contrato

A Repremig, responsável pelo fornecimento, divulgou nota em que afirma que o valor da locação — R$ 66,63 mensais por unidade — está abaixo do praticado em outras administrações públicas no país. A empresa apresentou exemplos de contratos semelhantes para reforçar o argumento de que o contrato firmado no RN é vantajoso:

  • Fazenda Rio Grande (PR): R$ 109,00/mês por unidade (63% mais caro)
  • Marília (SP): R$ 128,34/mês (92% mais caro)
  • Saquarema (RJ): R$ 130,01/mês (95% mais caro)

A Repremig argumenta que o aluguel inclui serviços como manutenção, garantia, suporte técnico e substituição imediata dos equipamentos em caso de falhas, além de entrega descentralizada e pagamento proporcional ao uso. Também afirma que, com a taxa Selic atual, a compra financiada dos equipamentos custaria mais de R$ 2.430,00 ao longo de três anos — sem incluir manutenção.

A empresa, que fornece para órgãos como o STF, TCU e INSS, reiterou seu compromisso com a legalidade e a transparência, destacando que possui certificações em compliance e Lei Anticorrupção.

Governo do RN nega irregularidades

Em nota, o Governo do Estado classificou as acusações do senador como “levianas e irresponsáveis”. A gestão afirma que os recursos utilizados no contrato vieram do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e são exclusivos para custeio — ou seja, não poderiam ser usados para compras.

A administração estadual também defende o modelo de aluguel como mais eficiente para a gestão pública, garantindo renovação dos equipamentos, assistência técnica e menos encargos com manutenção. O governo afirmou ainda que a suspensão da licitação pelo TCU tem caráter técnico e temporário, e está relacionada à documentação de empresas participantes do certame.

Por fim, o governo lamentou o uso político da situação e declarou que preza pelo respeito institucional e pela boa aplicação dos recursos públicos.




Styvenson aponta suspeita de corrupção em aluguel de Chromebooks no RN; empresa nega e diz que valor está abaixo da média nacional


Ícone de crédito Foto: Raiane Miranda / Assecom

O contrato de locação de 21 mil Chromebooks pelo Governo do Rio Grande do Norte para a rede estadual de ensino virou alvo de polêmica após duras críticas do senador Styvenson Valentim (PSDB). Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar acusou o Executivo estadual de “desperdício de dinheiro público” e levantou suspeitas de corrupção, o que motivou reação da empresa fornecedora e resposta do governo estadual.

Styvenson comparou o valor pago no contrato de aluguel — cerca de R$ 2.399 por equipamento ao longo de 36 meses — com a aquisição recente dos mesmos Chromebooks por R$ 1.599 cada, feita por meio de emenda parlamentar de seu mandato. “O TCU fez certo em suspender. Isso tem cheiro de corrupção, 10%”, disparou, sugerindo superfaturamento.

Segundo o senador, a empresa contratada, a Repremig, teria sido beneficiada após a desclassificação de outra concorrente, a Altbit, que havia apresentado uma proposta mais barata. O prejuízo estimado por Styvenson gira em torno de R$ 4,7 milhões. “Um estado quebrado, sem dinheiro, faz um contrato pagando R$ 15 milhões a mais do que comprando os equipamentos. Isso é imoral”, declarou.

Repremig rebate e defende contrato

A Repremig, responsável pelo fornecimento, divulgou nota em que afirma que o valor da locação — R$ 66,63 mensais por unidade — está abaixo do praticado em outras administrações públicas no país. A empresa apresentou exemplos de contratos semelhantes para reforçar o argumento de que o contrato firmado no RN é vantajoso:

  • Fazenda Rio Grande (PR): R$ 109,00/mês por unidade (63% mais caro)
  • Marília (SP): R$ 128,34/mês (92% mais caro)
  • Saquarema (RJ): R$ 130,01/mês (95% mais caro)

A Repremig argumenta que o aluguel inclui serviços como manutenção, garantia, suporte técnico e substituição imediata dos equipamentos em caso de falhas, além de entrega descentralizada e pagamento proporcional ao uso. Também afirma que, com a taxa Selic atual, a compra financiada dos equipamentos custaria mais de R$ 2.430,00 ao longo de três anos — sem incluir manutenção.

A empresa, que fornece para órgãos como o STF, TCU e INSS, reiterou seu compromisso com a legalidade e a transparência, destacando que possui certificações em compliance e Lei Anticorrupção.

Governo do RN nega irregularidades

Em nota, o Governo do Estado classificou as acusações do senador como “levianas e irresponsáveis”. A gestão afirma que os recursos utilizados no contrato vieram do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e são exclusivos para custeio — ou seja, não poderiam ser usados para compras.

A administração estadual também defende o modelo de aluguel como mais eficiente para a gestão pública, garantindo renovação dos equipamentos, assistência técnica e menos encargos com manutenção. O governo afirmou ainda que a suspensão da licitação pelo TCU tem caráter técnico e temporário, e está relacionada à documentação de empresas participantes do certame.

Por fim, o governo lamentou o uso político da situação e declarou que preza pelo respeito institucional e pela boa aplicação dos recursos públicos.

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