O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já admite a interlocutores próximos que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não será candidato ao Senado por São Paulo em 2026. Segundo relatos, Bolsonaro tem demonstrado irritação com o avanço da corrida pela vaga, especialmente diante de aliados que se lançam como pré-candidatos sem o seu aval, e mesmo sem a confirmação oficial de que Eduardo abriu mão da disputa.
Em um desabafo recente, o ex-presidente foi enfático: “Essa escolha é minha”, segundo pessoas próximas. Ele afirmou que a definição do nome que concorrerá ao Senado com o apoio do grupo bolsonarista caberá exclusivamente a ele.
Entre os nomes do PL paulista que já se movimentam nos bastidores para tentar a vaga estão o deputado federal pastor Marco Feliciano, o ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Mário Frias, e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado. Também é citado o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que hoje está no partido Novo — o que pode dificultar sua viabilidade como candidato do grupo, já que não é mais filiado ao PL.
A indefinição sobre o futuro político de Eduardo Bolsonaro tem gerado especulações. Aliados do ex-presidente veem dois caminhos possíveis: Eduardo permaneceria nos Estados Unidos, onde atualmente reside, e ficaria sem cargo eletivo a partir de 2027 — ou, o que é considerado mais provável, voltaria ao Brasil para disputar um cargo majoritário, como a Presidência da República ou a vice-presidência em uma chapa apoiada pelo pai.
A demora de Bolsonaro em se posicionar publicamente sobre sua própria candidatura presidencial também tem causado desconforto entre lideranças da direita. Em encontro recente com empresários em Brasília, o líder do PP na Câmara, deputado Doutor Luizinho, afirmou que o ex-presidente estaria “atrapalhando a direita ao não apontar quem terá seu apoio na corrida ao Planalto”.
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