Conflito entre Irã e Israel pode elevar preço dos combustíveis no RN, alerta sindicato

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Ícone de crédito Foto: Reprodução

O preço dos combustíveis no Rio Grande do Norte pode sofrer aumentos nos próximos dias, impulsionado pelo agravamento do conflito entre Irã e Israel, agora com envolvimento direto dos Estados Unidos. O alerta foi feito por Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos RN), que já observa reajustes aplicados pelas distribuidoras desde o último dia 14 de junho.

Segundo Maxwell, o estado potiguar é altamente dependente de combustíveis importados, o que o torna mais sensível às oscilações do mercado internacional. “Infelizmente, essa possibilidade é real. Desde o dia 14 que as distribuidoras já vêm reajustando seus preços por conta dessa crise. Como a região Nordeste, e especialmente o RN, recebe muito combustível importado, somos diretamente impactados por esse cenário”, afirmou.

Embora não tenha especificado o percentual exato de combustível importado consumido no estado, o presidente do Sindipostos destacou que a Refinaria Clara Camarão, operada pela empresa privada Brava, importa praticamente todo o seu estoque de gasolina e diesel, abastecendo a maior parte das distribuidoras do RN.

Além disso, o estado também adquire combustíveis de distribuidoras da Paraíba e de Pernambuco, que por sua vez compram da refinaria privada Acelem, na Bahia, esta também atua com preços atrelados ao mercado internacional. Uma parcela menor dos combustíveis ainda é fornecida pela Petrobras, que até o momento não reajustou seus preços, o que pode retardar o repasse integral dos aumentos às bombas.

Estreito de Ormuz é fator de tensão

O cenário global se agrava com a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, passagem estratégica por onde trafega cerca de 30% de todo o petróleo do mundo. Caso a medida se concretize, especialistas estimam que o preço do barril ultrapasse US$ 100, ampliando ainda mais a pressão sobre o mercado interno.

“O barril do petróleo já subiu mais de 10%. Mas esse é apenas um dos fatores que compõem o preço dos combustíveis. Além disso, temos o câmbio, o etanol, os impostos e o frete, que também interferem no valor final nas bombas”, explicou Maxwell.

Apesar da tendência de alta, o presidente do Sindipostos ressalta que ainda não é possível calcular exatamente o impacto sobre os consumidores, pois isso depende da forma e velocidade com que os reajustes serão repassados pelas distribuidoras.

“Tudo vai depender da dinâmica internacional e de como o mercado interno vai reagir. Só nos resta torcer para que a paz se restabeleça o quanto antes”, finalizou.



Conflito entre Irã e Israel pode elevar preço dos combustíveis no RN, alerta sindicato

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O preço dos combustíveis no Rio Grande do Norte pode sofrer aumentos nos próximos dias, impulsionado pelo agravamento do conflito entre Irã e Israel, agora com envolvimento direto dos Estados Unidos. O alerta foi feito por Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos RN), que já observa reajustes aplicados pelas distribuidoras desde o último dia 14 de junho.

Segundo Maxwell, o estado potiguar é altamente dependente de combustíveis importados, o que o torna mais sensível às oscilações do mercado internacional. “Infelizmente, essa possibilidade é real. Desde o dia 14 que as distribuidoras já vêm reajustando seus preços por conta dessa crise. Como a região Nordeste, e especialmente o RN, recebe muito combustível importado, somos diretamente impactados por esse cenário”, afirmou.

Embora não tenha especificado o percentual exato de combustível importado consumido no estado, o presidente do Sindipostos destacou que a Refinaria Clara Camarão, operada pela empresa privada Brava, importa praticamente todo o seu estoque de gasolina e diesel, abastecendo a maior parte das distribuidoras do RN.

Além disso, o estado também adquire combustíveis de distribuidoras da Paraíba e de Pernambuco, que por sua vez compram da refinaria privada Acelem, na Bahia, esta também atua com preços atrelados ao mercado internacional. Uma parcela menor dos combustíveis ainda é fornecida pela Petrobras, que até o momento não reajustou seus preços, o que pode retardar o repasse integral dos aumentos às bombas.

Estreito de Ormuz é fator de tensão

O cenário global se agrava com a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, passagem estratégica por onde trafega cerca de 30% de todo o petróleo do mundo. Caso a medida se concretize, especialistas estimam que o preço do barril ultrapasse US$ 100, ampliando ainda mais a pressão sobre o mercado interno.

“O barril do petróleo já subiu mais de 10%. Mas esse é apenas um dos fatores que compõem o preço dos combustíveis. Além disso, temos o câmbio, o etanol, os impostos e o frete, que também interferem no valor final nas bombas”, explicou Maxwell.

Apesar da tendência de alta, o presidente do Sindipostos ressalta que ainda não é possível calcular exatamente o impacto sobre os consumidores, pois isso depende da forma e velocidade com que os reajustes serão repassados pelas distribuidoras.

“Tudo vai depender da dinâmica internacional e de como o mercado interno vai reagir. Só nos resta torcer para que a paz se restabeleça o quanto antes”, finalizou.

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