Cid confirma que Bolsonaro editou “minuta do golpe” para prender Alexandre de Moraes

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ícone de crédito Foto: Ton Molina

Em interrogatório realizado nesta segunda-feira (9) no Supremo Tribunal Federal, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente recebeu e modificou o documento conhecido como “minuta do golpe”. Segundo Cid, Bolsonaro teria “enxugado” o texto, mantendo apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e retirando outras autoridades da lista original, que incluía ministros do STF e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O depoimento integra a oitiva dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022. Cid confirmou que Bolsonaro leu e alterou o documento com o auxílio do ex-assessor Filipe Martins, embora não estivesse presente no momento das edições.

Busca por fraude eleitoral para justificar intervenção
Cid também revelou que Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, seu vice na chapa em 2022, esperavam encontrar supostas fraudes nas urnas eletrônicas para convencer as Forças Armadas a apoiar uma intervenção. O ex-presidente pressionava o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a questionar a segurança do sistema eleitoral, segundo o depoimento.

O coronel, que firmou delação premiada, negou participação ativa no plano golpista, alegando ter “presenciado os fatos, mas não atuado”.

O caso expõe detalhes da articulação para anular os resultados das eleições e manter Bolsonaro no poder, com base em alegações de fraude nunca comprovadas. A minuta, que previa medidas como estado de defesa e prisão de autoridades, é um dos principais elementos da investigação.

Interrogatórios

De hoje a sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do “núcleo crucial” de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

Confira a ordem dos depoimentos:

  1. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  2. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  6. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  8. Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.


Cid confirma que Bolsonaro editou “minuta do golpe” para prender Alexandre de Moraes

Ícone de crédito Foto: Ton Molina

Em interrogatório realizado nesta segunda-feira (9) no Supremo Tribunal Federal, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente recebeu e modificou o documento conhecido como “minuta do golpe”. Segundo Cid, Bolsonaro teria “enxugado” o texto, mantendo apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e retirando outras autoridades da lista original, que incluía ministros do STF e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O depoimento integra a oitiva dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022. Cid confirmou que Bolsonaro leu e alterou o documento com o auxílio do ex-assessor Filipe Martins, embora não estivesse presente no momento das edições.

Busca por fraude eleitoral para justificar intervenção
Cid também revelou que Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, seu vice na chapa em 2022, esperavam encontrar supostas fraudes nas urnas eletrônicas para convencer as Forças Armadas a apoiar uma intervenção. O ex-presidente pressionava o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a questionar a segurança do sistema eleitoral, segundo o depoimento.

O coronel, que firmou delação premiada, negou participação ativa no plano golpista, alegando ter “presenciado os fatos, mas não atuado”.

O caso expõe detalhes da articulação para anular os resultados das eleições e manter Bolsonaro no poder, com base em alegações de fraude nunca comprovadas. A minuta, que previa medidas como estado de defesa e prisão de autoridades, é um dos principais elementos da investigação.

Interrogatórios

De hoje a sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do “núcleo crucial” de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

Confira a ordem dos depoimentos:

  1. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  2. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  6. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  8. Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *