Os profissionais da saúde pública de Natal decidiram, em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (4), acionar o alerta para uma possível greve a partir da próxima semana. A categoria marcou uma nova reunião decisiva para quarta-feira (11), quando avaliará os resultados das negociações com a Prefeitura Municipal.
O movimento surge após frustração com os encaminhamentos das discussões mantidas com o secretário municipal de Administração, Brenno Queiroga. Na terça-feira (3), representantes da categoria apresentaram suas reivindicações na sede da SEMAD, mas consideraram insuficiente a resposta inicial do governo.
A principal demanda dos trabalhadores é a recomposição salarial de 24%, com base em estudo técnico elaborado pelo DIEESE. Durante a assembleia, os sindicalistas informaram que o secretário Queiroga acionou o prefeito de Natal nesta quarta-feira (4), obtendo o compromisso de análise do pleito. A administração municipal prometeu dar uma resposta formal até segunda-feira (9).
Além do reajuste salarial, os servidores exigem a regularização da data-base com efeitos retroativos a março, o cumprimento integral das gratificações previstas na Lei Complementar 120 e o fim dos descontos desses benefícios durante períodos de licença médica.
Uma última rodada de negociações está agendada para terça-feira (10), um dia antes da assembleia que poderá definir a paralisação. O Sindsaúde/RN adverte que, sem uma proposta concreta da Prefeitura, os trabalhadores votarão pela deflagração da greve, o que poderá paralisar unidades de saúde em toda a capital potiguar.
O impasse ocorre em meio a crescentes tensões entre servidores públicos e o governo municipal, com a categoria da saúde argumentando que os sucessivos anos sem reajustes adequados comprometem a qualidade do serviço prestado à população.
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