Em entrevista à rádio 94 FM nesta sexta-feira (30), o deputado federal General Girão (PL-RN) reacendeu a polêmica ao defender que policiais devem agir com máxima rigidez em situações de confronto. “Se o cara está armado, ele não está com boas intenções. Primeiro atiram, depois perguntam”, declarou, repetindo uma frase que já havia usado quando foi secretário de Segurança do Rio Grande do Norte.
O parlamentar, que tem longa trajetória na área de segurança pública, criticou a orientação do Ministério Público que exige que agentes só reajam após serem atacados. Para ele, essa postura coloca vidas em risco e desconsidera a realidade violenta enfrentada pelos policiais. “O criminoso não espera, e o Estado quer que o agente espere para se defender? Isso é absurdo”, argumentou.
Críticas ao STF e à “criminalização do pensamento”
Girão também atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de incoerência entre seu passado acadêmico e sua atuação na corte. O deputado, que é alvo de inquéritos por supostos atos antidemocráticos desde 2019, reclamou da falta de transparência nos processos. “Encerraram um inquérito sem provas e abriram outro. Meu nome foi jogado na lama sem direito a defesa”, afirmou.
Além disso, ele condenou o que chamou de “criminalização do pensamento” no Brasil, alegando que há uma tentativa de censura a opiniões divergentes. “Como pode uma autoridade querer controlar o que as pessoas pensam?”, questionou.
Acusações de manipulação política
Sobre a investigação da Polícia Federal que apura descontos irregulares em benefícios do INSS, Girão acusou o governo Lula de segurar a divulgação dos resultados para evitar prejuízos eleitorais em 2024. “Se tivessem divulgado no ano passado, a derrota do PT teria sido maior”, disse. Ele defendeu a instalação de uma CPI para apurar o caso, mas demonstrou ceticismo quanto a uma eventual CPMI no Senado, citando o que chamou de viés político nas investigações sobre o 8 de janeiro.
Ao final, o deputado reforçou suas críticas ao governo federal, classificando a gestão atual como “vergonhosa” e acusando-a de retenção de recursos destinados aos municípios.






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