Após casos de intoxicação por toxina, Vigilância Sanitária reforça que consumo de peixe em Natal segue seguro

Ícone de crédito Foto: Roberto Galhardo/SEMSUR






Após casos de intoxicação por toxina, Vigilância Sanitária reforça que consumo de peixe em Natal segue seguro





Ícone de crédito Foto: Roberto Galhardo/SEMSUR


O consumo de pescado em Natal entrou em alerta após a intoxicação alimentar de 13 pessoas que ingeriram peixe da espécie arabaiana em um restaurante da capital potiguar no início de maio. A análise do caso identificou a presença da toxina ciguatera, substância rara que pode causar efeitos graves à saúde, mas que não é detectável visualmente e tampouco é eliminada pelo cozimento.

O episódio resultou em internações e gerou temor entre consumidores, provocando uma queda na procura por peixes em pontos tradicionais da cidade. Apesar da repercussão, a Vigilância Sanitária de Natal (VISA Natal) afirma que não há risco generalizado e classifica o caso como uma ocorrência isolada.

“Nenhum estabelecimento, por melhores que sejam seus procedimentos, tem como identificar um peixe contaminado por ciguatera antes do consumo. A toxina não tem cheiro, cor nem sabor, e não é destruída pelo calor”, explica José Antônio de Moura, chefe da VISA Natal. Ele reforça que todas as pessoas intoxicadas já estão recuperadas e que o restaurante envolvido não apresentou falhas no preparo ou na conservação dos alimentos.

A ciguatera é uma toxina marinha produzida por microalgas que se desenvolvem em recifes de coral. Ela se acumula na cadeia alimentar, passando de pequenos peixes herbívoros para predadores maiores, como a arabaiana. Embora eventos desse tipo sejam raros no Brasil, há registros em regiões tropicais como o Caribe e Fernando de Noronha. Desde 2022, o Ministério da Saúde passou a monitorar oficialmente os casos da toxina no país.

A Vigilância Sanitária informou que não foi necessária nenhuma nova medida de fiscalização ou proibição de comercialização de peixes, já que a contaminação não está relacionada a práticas de higiene ou conservação, e sim a um fenômeno natural de difícil rastreio.

“Não há razão para deixar de consumir pescado. O que ocorreu foi uma fatalidade, uma situação rara e pontual. Natal tem um litoral rico em espécies de excelente qualidade, e a segurança alimentar continua sendo monitorada com rigor”, reforça José Antônio.

A VISA Natal orienta que os consumidores mantenham os cuidados habituais na hora da compra, verificando se o peixe apresenta olhos salientes, escamas firmes e brânquias avermelhadas, além de conferir se está armazenado em temperatura adequada e em locais que sigam boas práticas sanitárias.

Casos de suspeita de intoxicação ou denúncias sobre irregularidades podem ser encaminhados à Vigilância Sanitária por meio do WhatsApp (84) 3232-9435, e-mail (urrnatal@gmail.com) ou pelo aplicativo Natal Digital, disponível para Android e iOS.

*Com informações da Tribuna do Norte


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