Caiado promete anistia a Bolsonaro e aliados se chegar à Presidência

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Ícone de crédito Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Pré-candidato do União Brasil à Presidência, governador de Goiás critica polarização e diz que país precisa “virar a página” dos atos de 8 de janeiro

Durante entrevista à GloboNews na quarta-feira (14), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que concederá anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, caso seja eleito presidente da República em 2026. A declaração reacende o debate sobre os limites entre pacificação política e impunidade institucional.

“Chegando à Presidência da República, no mesmo momento eu vou resolver esse assunto. Anistiar essa situação toda e discutir o problema de crescimento e pacificação do país”, disse o governador. Em tom enfático, completou: “Está aí um furo pra você: Ronaldo Caiado presidente da República vai anistiar e começar uma nova história no Brasil”.

A proposta de anistia, que também tem sido defendida por Bolsonaro e pelo PL, inclui não apenas o ex-presidente, mas também os condenados pelos ataques antidemocráticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, além dos réus por participação em manifestações após a derrota eleitoral de 2022.

Segundo Caiado, a permanência do tema na pauta política prejudica o desenvolvimento nacional. “São dois anos e sete meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia. Precisamos sair dessa crise, desse debate. Isso já cansou”, declarou.

As falas do governador ocorreram no mesmo dia em que Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a cobrar um posicionamento mais firme dos governadores aliados sobre sua situação jurídica. Em entrevista ao Uol, o ex-presidente sugeriu que esperava mais solidariedade da base conservadora. “Eu gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, provocou.

Caiado, que oficializou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto no início de abril, tenta consolidar uma alternativa à polarização entre lulismo e bolsonarismo. Com o slogan “Coragem pra endireitar o Brasil”, o governador aposta em seu histórico de combate à criminalidade em Goiás como trunfo eleitoral e busca apoio no campo da direita democrática.

A eventual anistia, no entanto, deve intensificar a disputa narrativa sobre os ataques de 8 de janeiro. Enquanto setores da direita tratam o tema como uma questão de pacificação, analistas e entidades jurídicas alertam que anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito pode enfraquecer instituições e abrir precedentes perigosos para a democracia brasileira.

*Com informações de “O Antagonista”




Caiado promete anistia a Bolsonaro e aliados se chegar à Presidência


Ícone de crédito Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Pré-candidato do União Brasil à Presidência, governador de Goiás critica polarização e diz que país precisa “virar a página” dos atos de 8 de janeiro

Durante entrevista à GloboNews na quarta-feira (14), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que concederá anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, caso seja eleito presidente da República em 2026. A declaração reacende o debate sobre os limites entre pacificação política e impunidade institucional.

“Chegando à Presidência da República, no mesmo momento eu vou resolver esse assunto. Anistiar essa situação toda e discutir o problema de crescimento e pacificação do país”, disse o governador. Em tom enfático, completou: “Está aí um furo pra você: Ronaldo Caiado presidente da República vai anistiar e começar uma nova história no Brasil”.

A proposta de anistia, que também tem sido defendida por Bolsonaro e pelo PL, inclui não apenas o ex-presidente, mas também os condenados pelos ataques antidemocráticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, além dos réus por participação em manifestações após a derrota eleitoral de 2022.

Segundo Caiado, a permanência do tema na pauta política prejudica o desenvolvimento nacional. “São dois anos e sete meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia. Precisamos sair dessa crise, desse debate. Isso já cansou”, declarou.

As falas do governador ocorreram no mesmo dia em que Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a cobrar um posicionamento mais firme dos governadores aliados sobre sua situação jurídica. Em entrevista ao Uol, o ex-presidente sugeriu que esperava mais solidariedade da base conservadora. “Eu gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, provocou.

Caiado, que oficializou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto no início de abril, tenta consolidar uma alternativa à polarização entre lulismo e bolsonarismo. Com o slogan “Coragem pra endireitar o Brasil”, o governador aposta em seu histórico de combate à criminalidade em Goiás como trunfo eleitoral e busca apoio no campo da direita democrática.

A eventual anistia, no entanto, deve intensificar a disputa narrativa sobre os ataques de 8 de janeiro. Enquanto setores da direita tratam o tema como uma questão de pacificação, analistas e entidades jurídicas alertam que anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito pode enfraquecer instituições e abrir precedentes perigosos para a democracia brasileira.

*Com informações de “O Antagonista”

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