Há dez dias, a família de Rainel Pinheiro de Pontes, de 66 anos, vive um drama marcado pela angústia e incerteza. O homem desapareceu no último dia 18 de abril, após sair de sua residência no distrito de Massaranduba, em Ceará-Mirim, por volta das 12h40, com destino à Praia da Redinha, em Natal. Desde então, não foi mais visto.
As primeiras pistas começaram a surgir nos últimos dias. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela família mostram Rainel na rua Mira Mangue, no bairro Planalto, Zona Oeste da capital potiguar, às 21h24 do dia do desaparecimento. Ele vestia boné branco, camisa preta com listras laranjas neon nos ombros e o nome “Adidas” no peito, bermuda bege e chinelo preto.
“Essas imagens foram fundamentais para sabermos que ele esteve naquela região naquela noite. Conseguimos isso depois que uma pessoa nos avisou que o viu na parada de ônibus. Fomos até o local e buscamos pontos com câmeras de segurança até encontrarmos o vídeo”, explicou Rangel Pontes, filho de Rainel.
No vídeo, é possível ver o homem aparentemente falando ao telefone e perguntando a alguém que estava próximo qual seria o bairro. “Provavelmente, era o momento em que ele falava com minha irmã”, detalhou Rangel.
Apesar do registro em vídeo e do contato por telefone feito no início do desaparecimento, quando Rainel disse estar na capital, a família ainda não tem informações concretas sobre o paradeiro dele. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, e o caso está sob investigação da Polícia Civil. De acordo com os familiares, a polícia tem mantido contato frequente, repassando atualizações sobre as diligências.
“Quase todos os dias, os policiais informam à minha irmã o que está sendo feito. Mas ainda não temos nada concreto. A gente acredita que essas imagens vão ajudar a traçar o trajeto que ele fez naquela noite”, afirmou Rangel.
Além das imagens da câmera, há um relato de que Rainel teria sido visto caminhando em direção ao lixão de Cidade Nova, nas imediações do bairro Planalto.
Angústia crescente
Rangel descreve o momento como um “mix de emoções”. “Você fica apreensivo, inseguro, ansioso. Tem hora que se acalma, mas depois vem a preocupação de novo. A cabeça não para. A gente acorda todo dia esperando uma resposta. O caso do meu pai não pode cair no esquecimento”, desabafa.
Ele também pede que o desaparecimento seja tratado com seriedade e agilidade. “Acredito que os casos de desaparecimento precisam de mais celeridade. Hoje já são 10 dias. Mas eu confio no trabalho da polícia. A gente precisa muito de uma resposta, seja ela qual for.”
A família reforça o apelo para que qualquer informação que possa ajudar nas buscas por Rainel seja repassada. A população pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo número (84) 9 8661-4421 ou diretamente com os familiares pelos telefones (84) 99922-6826 ou (84) 98835-4904.
