Servidores técnico-administrativos em educação de diversas instituições federais de ensino do Rio Grande do Norte participaram, nesta terça-feira, do Dia Nacional de Paralisação convocado pela FASUBRA-Sindical. A mobilização tem como principal objetivo a cobrança pelo cumprimento integral do acordo de greve firmado com o governo federal em junho de 2024, após quase 120 dias de movimento paredista.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 9%, que deveria ter sido aplicado em janeiro deste ano. No entanto, o aumento está pendente devido à não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso Nacional, que se encontra travada em razão de disputas políticas. O relator da LOA, senador Ângelo Coronel, condicionou a votação do orçamento à liberação de emendas parlamentares bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, os servidores também protestam contra a Medida Provisória (MP) 1286/2024, que altera a carreira da categoria, trazendo pontos que não foram negociados durante a greve do ano passado. “Não vamos aceitar que o governo descumpra o acordo que fizemos após meses de luta”, afirmou Celita Pessoa, coordenadora geral do SINTEST-RN.
Em Natal, o SINTEST-RN organizou um ato em frente à Faculdade de Odontologia da UFRN, na Avenida Senador Salgado Filho, com a participação de centenas de servidores. O evento contou com discursos de representantes da categoria e faixas que dialogavam com a sociedade que transitava pelo local.
A paralisação é mais uma ação na luta dos servidores técnico-administrativos em educação por melhores condições de trabalho e valorização profissional. A categoria promete intensificar a pressão sobre as administrações locais e o governo federal para garantir o cumprimento dos direitos conquistados. “Vamos mostrar nossa força e unidade para que o governo cumpra sua palavra”, concluiu Celita Pessoa.