Descontaminação da água com resíduo de banana traz nova patente para Ufersa



A possibilidade de descontaminar a água utilizando resíduos que seriam descartados motivou o pesquisador Daniel Viana de Freitas a desenvolver uma pesquisa que resultou na décima sexta patente obtida pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa).

A carta patente que garante a proteção da ideia pelos próximos vinte anos foi expedida no dia 4 de fevereiro pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Durante o curso de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Manejo de Solo e Água (PPGMSA), realizado entre os anos de 2020 e 2022, Daniel encontrou na casca da banana um poderoso descontaminante para a água poluída com cromo hexavalente. Trata-se de um composto cancerígeno resultante de algumas atividades industriais como, por exemplo, a fabricação do couro.

“Nossa ideia era utilizar um resíduo que seria descartado e poderia até prejudicar o meio ambiente, e utilizar esse resíduo para resolver algum outro problema”, afirma o técnico de laboratório e professor permanente do programa de pós-graduação em Manejo de Solo e Água da Ufersa Bruno Caio Chaves Fernandes, que orientou a pesquisa.

Durante a realização do trabalho, a equipe envolvida produziu um hidrocarvão a partir de cascas de banana fornecidas pela empresa de doces Neci, com sede em Mossoró.

Com o agente descontaminante pronto, eles simularam a poluição de amostras de água com cromo hexavalente e passaram a observar o potencial de descontaminação dessas amostras com o hidrocarvão.

Novas pesquisas em andamento

Formado em Engenharia Civil pela Ufersa, o autor da pesquisa, Daniel Viana, concilia agora uma segunda graduação em Engenharia de Petróleo e o curso de doutorado em Manejo de Solo e Água.

De acordo com ele, essa nova área já o levou a expandir o alcance da sua pesquisa, atuando no desenvolvimento de materiais para descontaminação de pesticidas e metais pesados em água e solo.

As novas pesquisas, inclusive, já motivaram um novo pedido de patente que está em análise pelo Inpi.

Coordenador do curso de doutorado e um dos autores da patente, o professor Daniel Valadão ressalta o papel da pós-graduação como motor de inovação tecnológica. “A pesquisa acadêmica não se restringe apenas ao ambiente acadêmico. Quando aliamos o conhecimento teórico com desafios práticos, conseguimos desenvolver soluções criativas que beneficiam diretamente a sociedade e o meio ambiente”, explica o professor.

Parcerias e apoios que garantiram a realização da pesquisa

Além de Daniel Viana, Bruno Fernandes e Daniel Valadão, o trabalho que resultou na concessão de mais uma patente para a Ufersa contou com a colaboração dos pesquisadores Paulo Sérgio Fernandes das Chagas; Lidiane Martins Moura Ferreira; Ana Beatriz Rocha de Jesus Passos; Diego Lomonaco Vasconcelos de Oliveira; e Rafael Leandro Fernandes Melo.

Outro apoio importante veio do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufersa (NIT), que possibilitou a participação do então mestrando Daniel Viana em um programa piloto de mentoria oferecido pelo Inpi. “Foi um processo de orientação durante toda a escrita da proposta e foi essencial para a obtenção da patente”, avalia Daniel de Freitas.




Descontaminação da água com resíduo de banana traz nova patente para Ufersa






A possibilidade de descontaminar a água utilizando resíduos que seriam descartados motivou o pesquisador Daniel Viana de Freitas a desenvolver uma pesquisa que resultou na décima sexta patente obtida pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa).

A carta patente que garante a proteção da ideia pelos próximos vinte anos foi expedida no dia 4 de fevereiro pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Durante o curso de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Manejo de Solo e Água (PPGMSA), realizado entre os anos de 2020 e 2022, Daniel encontrou na casca da banana um poderoso descontaminante para a água poluída com cromo hexavalente. Trata-se de um composto cancerígeno resultante de algumas atividades industriais como, por exemplo, a fabricação do couro.

“Nossa ideia era utilizar um resíduo que seria descartado e poderia até prejudicar o meio ambiente, e utilizar esse resíduo para resolver algum outro problema”, afirma o técnico de laboratório e professor permanente do programa de pós-graduação em Manejo de Solo e Água da Ufersa Bruno Caio Chaves Fernandes, que orientou a pesquisa.

Durante a realização do trabalho, a equipe envolvida produziu um hidrocarvão a partir de cascas de banana fornecidas pela empresa de doces Neci, com sede em Mossoró.

Com o agente descontaminante pronto, eles simularam a poluição de amostras de água com cromo hexavalente e passaram a observar o potencial de descontaminação dessas amostras com o hidrocarvão.

Novas pesquisas em andamento

Formado em Engenharia Civil pela Ufersa, o autor da pesquisa, Daniel Viana, concilia agora uma segunda graduação em Engenharia de Petróleo e o curso de doutorado em Manejo de Solo e Água.

De acordo com ele, essa nova área já o levou a expandir o alcance da sua pesquisa, atuando no desenvolvimento de materiais para descontaminação de pesticidas e metais pesados em água e solo.

As novas pesquisas, inclusive, já motivaram um novo pedido de patente que está em análise pelo Inpi.

Coordenador do curso de doutorado e um dos autores da patente, o professor Daniel Valadão ressalta o papel da pós-graduação como motor de inovação tecnológica. “A pesquisa acadêmica não se restringe apenas ao ambiente acadêmico. Quando aliamos o conhecimento teórico com desafios práticos, conseguimos desenvolver soluções criativas que beneficiam diretamente a sociedade e o meio ambiente”, explica o professor.

Parcerias e apoios que garantiram a realização da pesquisa

Além de Daniel Viana, Bruno Fernandes e Daniel Valadão, o trabalho que resultou na concessão de mais uma patente para a Ufersa contou com a colaboração dos pesquisadores Paulo Sérgio Fernandes das Chagas; Lidiane Martins Moura Ferreira; Ana Beatriz Rocha de Jesus Passos; Diego Lomonaco Vasconcelos de Oliveira; e Rafael Leandro Fernandes Melo.

Outro apoio importante veio do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufersa (NIT), que possibilitou a participação do então mestrando Daniel Viana em um programa piloto de mentoria oferecido pelo Inpi. “Foi um processo de orientação durante toda a escrita da proposta e foi essencial para a obtenção da patente”, avalia Daniel de Freitas.


0 0 Avaliações
Article Rating
Subscribe
Notify of
0 Comentários
Anterior
Próximo Mais Votados
Inline Feedbacks
Ver Todos