Fortes chuvas atingiram Natal entre a noite de quarta-feira (5) e a madrugada desta quinta-feira (6), provocando alagamentos na capital potiguar. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume pluviométrico em 12 horas ultrapassou os 90 milímetros, com a maior precipitação registrada na região de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
O indicador pluviométrico utilizado pelo Cemaden aponta que, a cada milímetro de água, corresponde um litro por metro quadrado. Isso significa que em algumas áreas da cidade, o volume de água acumulado foi de aproximadamente 90 litros por metro quadrado, causando.
O Corpo de Bombeiros registrou diversos ocorrências durante a madrugada, incluindo três quedas de árvores em diferentes pontos da cidade: no bairro Felipe Camarão (Zona Oeste), na Cidade Alta e em Tirol, na Zona Leste. No bairro Tirol, uma árvore de grande porte caiu sobre a Avenida Hermes da Fonseca, uma das principais vias de Natal, interditando totalmente a via por várias horas. O trabalho de remoção da árvore levou cerca de duas horas, sendo concluído apenas no início da manhã.
Além disso, uma cratera se abriu na calçada da Avenida Juvenal Lamartine, nas proximidades do Canal do Baldo, também no bairro Tirol. Parte de uma passarela cedeu, afetando a estrutura da região. As autoridades locais estão monitorando o local e a situação continua sendo acompanhada.
Na praia de Ponta Negra, a água da chuva ficou acumulada na área alargada da faixa de areia, o que tem sido um problema recorrente desde o início da obra de alargamento da praia. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal informou que a drenagem da região está sendo realizada, mas a chuva intensa agravou a situação, criando áreas alagadas.
Em outro ponto da cidade, no conjunto Panatis, na Zona Norte, a lagoa de captação transbordou durante a madrugada e invadiu a Rua Pacajus. Segundo os moradores, a água quase atingiu as residências, mas felizmente os imóveis não foram invadidos. No início da manhã, a água já havia baixado, mas os vestígios do alagamento eram visíveis: marcas nos muros das casas e restos de galhos espalhados pelas ruas, levados pela correnteza.