O governo federal deve lançar, nas próximas semanas, um novo edital do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), destinado a preencher vagas em diversas áreas da administração pública. A informação foi divulgada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante entrevista no programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na quarta-feira, 5 de fevereiro, em Brasília.
A ministra informou que a expectativa é de que o edital seja publicado ainda no primeiro trimestre deste ano, possivelmente até o final de março. A prova está prevista para ocorrer em agosto, mês escolhido por conta de um estudo hidrológico realizado pelo governo que aponta agosto como o período de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é realizar a prova no início do segundo semestre de 2025. No entanto, a confirmação da data depende do cronograma do edital e de outros fatores logísticos.
Esther Dweck também destacou que, embora o governo esteja se preparando para lançar concursos públicos, o número de seleções será limitado este ano. Isso se deve à necessidade de aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que definirá o orçamento disponível para os concursos. A votação da LOA no Congresso Nacional está prevista para o dia 10 de março. A ministra afirmou que, após a aprovação da LOA, será possível definir a quantidade exata de concursos a serem realizados em 2025.
Novas carreiras e 1.500 vagas previstas
Entre as novidades anunciadas pela ministra, destacam-se a criação de duas novas carreiras no governo federal. A primeira, relacionada à área de defesa, justiça e segurança, foi proposta a pedido do ministro da Defesa, José Múcio. Esther Dweck explicou que, embora o Ministério da Defesa seja civil, ele não possui uma carreira própria, e a criação de uma carreira transversal visa englobar temas correlatos e de interesse estratégico.
A medida provisória que trata dessa criação de carreiras prevê inicialmente 750 vagas, com a expectativa de que mais 750 vagas sejam ofertadas em um projeto de lei a ser enviado em breve. Porém, a ministra deixou claro que o concurso não será realizado para as 1.500 vagas inicialmente previstas, mas para um número menor.
A segunda carreira envolve áreas como desenvolvimento socioeconômico, regional, agrário e econômico. A proposta também visa a transformação de cargos obsoletos, com o objetivo de modernizar e adequar a estrutura do serviço público. Assim como a carreira da área de defesa, essa nova função será voltada para candidatos de nível superior, com salários equivalentes aos de analistas técnicos de políticas públicas.
Ambas as carreiras são consideradas atrativas, com salários intermediários dentro do governo federal, e a ministra acredita que haverá uma grande demanda por essas vagas, dada a abrangência das áreas e as oportunidades de crescimento profissional.