O único a encaixar – dos muitos golpes que Paulinho Freire (UB) ensaiou contra sua adversária na noite de ontem – foi referente aos repasses irregulares da saúde estadual para os municípios e entidades conveniadas. Ponto alto de Paulinho, e só.
A campanha de Paulinho tem explorado no dia de hoje uma suposta agressividade de Natália Bonavides (PT) durante o debate. Natália seguiu o manual de debates no estilo americano – estratégia parecida com o básico do xadrez: ocupe o centro do tabuleiro.
Mas não foi apenas no tabuleiro que Natália acuou Paulinho. Em sua primeira pergunta, confrontou diretamente o adversário sobre a falsa polêmica da liberação de furtos de celular. Uma fraude intelectual que tem movido ânimos no 2º turno.
Natália alternou ataques certeiros e concretos, diretamente vinculados à estratégia errática do marketing de Paulinho, com a defesa de sua atuação parlamentar e a exposição de pontos-chave de seu programa.
Paulinho se apequenou. O conheço e sei que possui atributos intelectuais em muito superiores aos que vem demonstrando nos debates, o que não o salvará aos olhos da maioria dos eleitores, que apenas agora passou a conhecê-lo.
O próprio Paulinho ficou constrangido quando a mediadora do debate pediu que Natália se afastasse do oponente. Pareceu a tia do colégio protegendo um frágil favorito. Aquela cena ( com o desconforto de Paulinho diante de sua impotência ao tentar defender a narrativa furada de seu marketing) resumiu o debate.
A Band deveria ter encerrado o confronto já no primeiro round, por questões de humanidade. Foi nocaute técnico dos primeiros 15 segundos às considerações finais. E sobre os pontos do debate de ontem, teremos muito o que falar a semana inteira.