Neste domingo (6), o eleitor vai às urnas para eleger o administrador de sua cidade e os integrantes do legislativo municipal. Eles serão os responsáveis pelo destino do município pelos próximos quatro anos.
Futebol e política sempre andaram juntos. Com enorme poder de penetração e mobilização de sentimentos, políticos passaram a se envolver e utilizar o futebol como instrumento de propaganda, haja vista que o esporte bretão dá uma mídia gratuita aos seus dirigentes.
Na história recente do futebol do RN, é fácil constatar que ABC e América foram usados por alguns dirigentes, como trampolim político.
Em 1982, o Presidente do ABC foi eleito deputado estadual. Em 1986, um empresário rico, mas desconhecido do eleitor, usou o América para se eleger Deputado Federal. Após eleição, deu adeus ao Mecão, sequer teve a coragem de colocar a logomarca de uma de suas empresas na camisa do time.
Ao levar o Corinthians de Caicó ao título estadual de 2001, Álvaro Dias, atual prefeito de Natal, trocou a cadeira na Assembleia Legislativa por uma cadeira na Câmara Federal.
Já nos anos 2000, o América foi usado para eleger um deputado estadual. Aliás, na campanha à reeleição do deputado em questão, em 2014, o clube foi praticamente abandonado para que ele pudesse se dedicar à sua campanha, o que resultou no rebaixamento do América à Série C.
Se os dirigentes quase sempre se dão bem no campo político, o mesmo não se pode dizer dos ex-jogadores, pois são raros os casos de sucesso deles nas urnas. Nem mesmo Marinho Chagas e Alberi conseguiram receber votos suficientes para se elegerem.Talvez a única exceção seja o ex-zagueiro Nivaldo, que foi eleito eleito vereador à Câmara Municipal de Mossoró.
O eleitor não pode misturar as coisas, pois eleição é coisa séria. O eleitor deve escolher seu candidato de acordo com seu histórico, seus projetos e que se identifique com a sua ideologia. Se errar hoje, outra oportunidade, no âmbito municipal, só daqui a quatro anos.