A obra de engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, pode ser concluída em 74 dias, um prazo menor do que o inicialmente previsto de 90 dias. O secretário de Urbanismo e Meio Ambiente de Natal (Semurb), Thiago Mesquita, anunciou que a prefeitura está trabalhando para finalizar a obra até 5 de dezembro. A retomada das atividades ocorreu no último sábado (21), um dia após a prefeitura decretar situação de emergência devido aos danos causados pelo avanço do mar.
De acordo com a Semurb, a prefeitura encontrou uma nova jazida para a execução do serviço, o que possibilita a continuidade da obra sem a necessidade de uma nova licença ambiental. A obra havia sido paralisada por mais de duas semanas após a descoberta de que a qualidade e a quantidade da areia retirada da jazida anterior não eram adequadas.
Nos seis dias desde a retomada, cerca de 15 mil metros cúbicos de areia foram colocados diariamente, com um total necessário de 1,1 milhão de metros cúbicos para completar todo o serviço. “Se conseguirmos manter esse ritmo, iremos conseguir em 74 dias”, explicou Thiago Mesquita.
Até esta quinta-feira (26), o aterro havia sido concluído em aproximadamente 400 a 500 metros do total de 4 km da obra. O secretário também informou que a profundidade da areia em relação à linha do oceano poderá aumentar, chegando a até 130 metros.
A obra avançou nesta terça-feira (24) em direção ao Hotel Serhs, na Via Costeira, e após essa etapa, a próxima será voltada para o Morro do Careca, interligando as partes entre a Via Costeira e Ponta Negra.
Sobre a necessidade de licenciamento ambiental, Thiago Mesquita destacou que o uso da nova jazida não demanda uma nova licença devido ao decreto de situação de emergência. Ele enfatizou que a prefeitura agiu legalmente para garantir a segurança da cidade.
Por outro lado, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) confirmou que a nova jazida de areia utilizada na obra não estava contemplada no Estudo de Impacto Ambiental entregue pelo município e não foi licenciada. A responsabilidade pelos impactos ambientais decorrentes dessa intervenção é da Prefeitura do Natal, conforme o comunicado do Idema.