Programa “Por Amor à Vida” abre novas vagas para prevenção e assistência à dependência química



Reuniões acontecem na UFRN - Foto: Reprodução Reuniões acontecem na UFRN – Foto: Reprodução




O programa “Por Amor à Vida”, projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), está com novas vagas abertas para oferecer prevenção e assistência a pessoas com dependência química. O projeto, focado na reintegração social e familiar dos participantes, realiza reuniões todas as segundas-feiras, às 9h, na Rua das Artes, localizada dentro do campus da UFRN, em Lagoa Nova.

A dependência química, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, é uma condição biopsicossocial complexa e multifatorial que afeta profundamente o funcionamento normal do indivíduo. Esta condição pode causar danos significativos nas esferas pessoal, familiar, profissional e social, sendo caracterizada por uma progressão contínua ao longo do tempo.

O Programa “Por Amor à Vida” está aberto tanto para a comunidade acadêmica quanto para o público em geral. “Qualquer pessoa que reconheça a necessidade de tratar a dependência do álcool pode fazer parte do Programa,” afirma a gestora do projeto.

Para participar, os interessados devem procurar a Divisão de Atenção à Saúde (DAS) nas segundas-feiras, das 9h às 11h, ou entrar em contato pelo telefone (84) 99193-6320. O programa também orienta sobre outras opções de suporte terapêutico, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas, que oferecem assistência contínua 24 horas para aqueles que enfrentam a dependência química.

Sinais de alerta para alcoolismo

O alcoolismo, conhecido como Síndrome da Dependência do Álcool, é uma forma comum de dependência química e pode ser identificado por quatro características principais:

  1. Compulsão – Uma necessidade intensa e incontrolável de consumir álcool.
  2. Perda de Controle – Dificuldade ou incapacidade de parar de beber uma vez iniciado.
  3. Dependência Física – Sintomas como náuseas, suor, tremores e ansiedade quando o consumo de álcool é interrompido.
  4. Tolerância – Necessidade de consumir maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos.

De acordo com a psicóloga do programa, Fátima Maria Carpes, o uso excessivo de álcool é caracterizado por um padrão de consumo que dura em média 12 meses e inclui:

  • Negligência de responsabilidades no trabalho, casa ou escola.
  • Consumo de álcool enquanto dirige ou opera máquinas.
  • Problemas legais decorrentes da condução sob efeito de álcool ou lesões causadas a terceiros.
  • Continuação do consumo apesar dos problemas causados ou agravados pelo álcool.

Importância do anonimato e apoio familiar

Brenda Lee, coordenadora do programa, enfatiza a importância do anonimato no tratamento. “O anonimato é crucial para muitos, pois o reconhecimento da doença pode ser um passo difícil para quem tem vergonha de admitir o alcoolismo.” Ela destaca também o papel essencial da família no processo de recuperação. “A família é a parte mais importante porque é a primeira a ser afetada. Ela precisa de tratamento e deve aceitar o alcoolismo como uma doença.”

O programa oferece suporte não apenas aos indivíduos com dependência química, mas também aos familiares. O grupo de apoio para familiares dos Alcoólicos Anônimos se reúne na Divisão de Atenção à Saúde (DAS) nas segundas-feiras, proporcionando aprendizado sobre como conviver com a doença e apoiar o ente querido durante o tratamento.

Brenda Lee também reforça o lema do programa: “um dia de cada vez”. Ela explica que as recaídas são parte do processo de recuperação e que é fundamental dar tempo para que o dependente perceba a necessidade de retornar ao programa. “É difícil para a pessoa aceitar que tem a doença, mesmo quando todos ao seu redor reconhecem e querem ajudar. A vontade de se tratar deve partir do próprio dependente,” conclui.


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A dependência química, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, é uma condição biopsicossocial complexa e multifatorial que afeta profundamente o funcionamento normal do indivíduo. Esta condição pode causar danos significativos nas esferas pessoal, familiar, profissional e social, sendo caracterizada por uma progressão contínua ao longo do tempo.

O Programa “Por Amor à Vida” está aberto tanto para a comunidade acadêmica quanto para o público em geral. “Qualquer pessoa que reconheça a necessidade de tratar a dependência do álcool pode fazer parte do Programa,” afirma a gestora do projeto.

Para participar, os interessados devem procurar a Divisão de Atenção à Saúde (DAS) nas segundas-feiras, das 9h às 11h, ou entrar em contato pelo telefone (84) 99193-6320. O programa também orienta sobre outras opções de suporte terapêutico, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas, que oferecem assistência contínua 24 horas para aqueles que enfrentam a dependência química.

Sinais de alerta para alcoolismo

O alcoolismo, conhecido como Síndrome da Dependência do Álcool, é uma forma comum de dependência química e pode ser identificado por quatro características principais:

  1. Compulsão – Uma necessidade intensa e incontrolável de consumir álcool.
  2. Perda de Controle – Dificuldade ou incapacidade de parar de beber uma vez iniciado.
  3. Dependência Física – Sintomas como náuseas, suor, tremores e ansiedade quando o consumo de álcool é interrompido.
  4. Tolerância – Necessidade de consumir maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos.

De acordo com a psicóloga do programa, Fátima Maria Carpes, o uso excessivo de álcool é caracterizado por um padrão de consumo que dura em média 12 meses e inclui:

  • Negligência de responsabilidades no trabalho, casa ou escola.
  • Consumo de álcool enquanto dirige ou opera máquinas.
  • Problemas legais decorrentes da condução sob efeito de álcool ou lesões causadas a terceiros.
  • Continuação do consumo apesar dos problemas causados ou agravados pelo álcool.

Importância do anonimato e apoio familiar

Brenda Lee, coordenadora do programa, enfatiza a importância do anonimato no tratamento. “O anonimato é crucial para muitos, pois o reconhecimento da doença pode ser um passo difícil para quem tem vergonha de admitir o alcoolismo.” Ela destaca também o papel essencial da família no processo de recuperação. “A família é a parte mais importante porque é a primeira a ser afetada. Ela precisa de tratamento e deve aceitar o alcoolismo como uma doença.”

O programa oferece suporte não apenas aos indivíduos com dependência química, mas também aos familiares. O grupo de apoio para familiares dos Alcoólicos Anônimos se reúne na Divisão de Atenção à Saúde (DAS) nas segundas-feiras, proporcionando aprendizado sobre como conviver com a doença e apoiar o ente querido durante o tratamento.

Brenda Lee também reforça o lema do programa: “um dia de cada vez”. Ela explica que as recaídas são parte do processo de recuperação e que é fundamental dar tempo para que o dependente perceba a necessidade de retornar ao programa. “É difícil para a pessoa aceitar que tem a doença, mesmo quando todos ao seu redor reconhecem e querem ajudar. A vontade de se tratar deve partir do próprio dependente,” conclui.




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