É mais fácil tentativa de vinda de Bolsonaro sair pela culatra do que surtir efeito







O bolsonarismo potiguar trará sua maior estrela para o estado num tour de 2 dias, de hoje, 15, até amanhã, 16, início da campanha eleitoral. A agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira dará o pontapé nas corridas que o Partido Liberal (PL) enxerga como prioritárias no Rio Grande do Norte: Natal, Mossoró, Parnamirim e Extremoz.

Entretanto, é muito mais provável que a vinda do capitão saia pela culatra, do que surta o efeito que a cúpula bolsonarista estadual almeja.

Eleição municipal tem dinâmica local, o que conta na hora do voto é a vida do cidadão na cidade, e o eleitorado bolsonarista nas 4 urbes, com exceção de Parnamirim, é minoria.

A bem da verdade o que o senador Rogério Marinho (PL) vai tentar é concentrar o voto da direita nos pré-candidatos dos 4 municípios, para dar-lhes impulso no início da corrida ao voto.

Vejamos o quadro majoritário nas 4 urbes:

  • Em Natal, Paulinho Freire (UB) aparece em 2º nas pesquisas. Lula ganhou na capital em 2022, e para vencer Paulinho precisaria furar a bolha bolsonarista, que mesmo sendo forte na cidade, não é majoritária.
  • Em Mossoró, a pré-candidatura de Genivan Vale (PL) não empolga nem 2 quintos do bolsonarismo, que nutre franca simpatia pelo prefeito Allyson Bezerra (UB), que tende levar a reeleição com facilidade. O agravante em Mossoró é que dos municípios, Bolsonaro foi o menos votado entre as 4 cidades.
  • Em Parnamirim, Salatiel de Souza (PL) aparece em 2º lugar, e carrega o fardo da gestão do prefeito Rosano Taveira (REP), reprovado pela maioria dos parnamirinenses. O 3º município mais populoso do estado foi o único que deu vitória a Bolsonaro em 2022, porém, com uma gestão impopular nas costas, Salatiel vai ter dificuldades para superar o favoritismo de Professora Nilda (SDD).
  • Em Extremoz, Jussara Sales (PL) tem uma gestão que divide opiniões, e enfrentará um adversário, Capitão Vinicius (REP), que conta com benquerença de boa parcela do bolsonarismo. Eleita em 2020 num pleito que teve apenas 30% dos votos válidos, Jussara terá uma dura reeleição, num governo com desgastes em setores vitais da vida social.

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Entretanto, é muito mais provável que a vinda do capitão saia pela culatra, do que surta o efeito que a cúpula bolsonarista estadual almeja.

Eleição municipal tem dinâmica local, o que conta na hora do voto é a vida do cidadão na cidade, e o eleitorado bolsonarista nas 4 urbes, com exceção de Parnamirim, é minoria.

A bem da verdade o que o senador Rogério Marinho (PL) vai tentar é concentrar o voto da direita nos pré-candidatos dos 4 municípios, para dar-lhes impulso no início da corrida ao voto.

Vejamos o quadro majoritário nas 4 urbes:

  • Em Natal, Paulinho Freire (UB) aparece em 2º nas pesquisas. Lula ganhou na capital em 2022, e para vencer Paulinho precisaria furar a bolha bolsonarista, que mesmo sendo forte na cidade, não é majoritária.
  • Em Mossoró, a pré-candidatura de Genivan Vale (PL) não empolga nem 2 quintos do bolsonarismo, que nutre franca simpatia pelo prefeito Allyson Bezerra (UB), que tende levar a reeleição com facilidade. O agravante em Mossoró é que dos municípios, Bolsonaro foi o menos votado entre as 4 cidades.
  • Em Parnamirim, Salatiel de Souza (PL) aparece em 2º lugar, e carrega o fardo da gestão do prefeito Rosano Taveira (REP), reprovado pela maioria dos parnamirinenses. O 3º município mais populoso do estado foi o único que deu vitória a Bolsonaro em 2022, porém, com uma gestão impopular nas costas, Salatiel vai ter dificuldades para superar o favoritismo de Professora Nilda (SDD).
  • Em Extremoz, Jussara Sales (PL) tem uma gestão que divide opiniões, e enfrentará um adversário, Capitão Vinicius (REP), que conta com benquerença de boa parcela do bolsonarismo. Eleita em 2020 num pleito que teve apenas 30% dos votos válidos, Jussara terá uma dura reeleição, num governo com desgastes em setores vitais da vida social.



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