A Praia de Areia Preta, localizada na altura da escadaria de Mãe Luiza, está a um passo de ser liberada para banho após quase dois anos de interdição. Desde novembro de 2022, a praia havia sido considerada imprópria para banho devido aos altos níveis de coliformes fecais detectados na água. No entanto, os recentes resultados das coletas semanais realizadas pelo Programa Água Azul, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), indicam uma melhora significativa, com índices agora abaixo de 1.000 NMP/100ml.
A situação da praia foi crítica em junho passado, quando os níveis de contaminação atingiram alarmantes 92.000 NMP/100ml—92 vezes o limite permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Desde então, as contagens mostraram uma drástica redução, variando entre 50 e 690 NMP/100ml nas últimas quatro semanas. Essa melhoria é atribuída a recentes ações de fiscalização que identificaram e corrigiram fontes de esgoto irregulares na região, incluindo um condomínio, um restaurante e um motel, que resultaram em autuações e multas totalizando R$ 154,5 mil.
Apesar dos avanços, o Idema adota uma abordagem cautelosa. Sérgio Macêdo, supervisor de monitoramento ambiental do instituto, destaca que, embora os níveis de coliformes estejam baixos, é essencial garantir que não haja mais despejo de esgoto na área para que a praia seja oficialmente considerada própria para banho. Macêdo ressaltou a importância das operações de fiscalização e das medidas corretivas implementadas para alcançar essa melhoria.
Atualmente, a praia ainda se recupera e permanece praticamente deserta. Moradores expressam preocupações com a falta de infraestrutura e a presença residual de poluição, o que impede a plena utilização da área. Embora os frequentadores apreciem a beleza natural da Praia de Areia Preta, eles lamentam as condições precárias e aguardam ansiosamente o dia em que a praia possa ser plenamente utilizada e desfrutada em toda a sua plenitude.