O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) iniciou um procedimento de notícia de fato para apurar possíveis irregularidades na gestão de verbas destinadas ao Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. A investigação foi instaurada após um pedido do senador Styvenson Valentim (Podemos), que levantou preocupações sobre o uso de recursos públicos no valor de R$ 12 milhões, destinados à obra de reforma do hospital.
Segundo o senador, os recursos foram repassados em 2020, porém, até o momento, não foram observados avanços significativos na execução das obras. Em pronunciamento recente, Styvenson questionou a falta de progresso na reforma e destacou que o local se encontra em estado precário, com a obra paralisada e áreas internas mal conservadas.
A Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) foi notificada sobre o processo e respondeu às acusações. De acordo com a Sesap, o valor total das obras contratadas foi de aproximadamente R$ 10 milhões, dos quais R$ 1,3 milhões foram de recursos estaduais, enquanto o restante provém de emenda parlamentar destinada à compra de equipamentos. A secretaria também afirmou que parte significativa dos equipamentos já foi adquirida e entregue ao hospital, totalizando um investimento superior a R$ 4 milhões.
Viviane Lima, representante regional da Sesap na região Oeste, detalhou que os recursos destinados aos equipamentos estão sendo aplicados com eficiência, mencionando a compra de mais de 500 itens essenciais para o funcionamento do hospital. Ela destacou que o acompanhamento rigoroso dos gastos está sendo feito e que relatórios fotográficos das entregas foram enviados ao parlamentar responsável pela emenda.
Quanto à reforma do hospital, Viviane Lima explicou que o processo está em andamento, com o Ministério Público acompanhando de perto o cronograma estabelecido. Ela ressaltou os desafios burocráticos e logísticos envolvidos na transferência de áreas assistenciais para outras unidades, a fim de garantir que os serviços não sejam interrompidos durante as obras. Partes da estrutura já foram realocadas para o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, enquanto outras áreas, como a de pediatria, estão programadas para serem transferidas em um calendário acordado com o Ministério Público.
