O Rio Grande do Norte registrou um aumento no número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2024, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 25% na quantidade de procedimentos realizados.
Segundo informações da Sesap, foram realizados 198 transplantes nos primeiros seis meses deste ano, contra 160 transplantes realizados até junho de 2023.
Um dos casos que ilustra o impacto positivo desses procedimentos é o de Geana Virginia, paciente que enfrentou uma batalha contra a leucemia. Em maio de 2023, após quatro ciclos de quimioterapia e seis meses de internação, Geana conseguiu realizar o transplante necessário para o seu tratamento. “Graças a Deus foi tudo muito rápido. Eu descobri, eu consegui doador e está dando tudo certo”, comemorou Geana.
Sua filha, Mariana Virginia, que chegou a se candidatar para ser doadora de medula óssea, destacou a importância da compatibilidade no processo: “Eu estava cotada pra ser. Só que a gente tinha esperança nos irmãos dela. E não deu certo. Então eu já estava me preparando, mas aí surgiram dois doadores mais compatíveis do que eu.”
A Central de Transplantes da Sesap também informou que houve um aumento específico no número de transplantes de medula óssea, passando de 60 para 81 procedimentos nos primeiros seis meses comparativos entre 2023 e 2024.
Um dos fatores atribuídos ao crescimento nos transplantes é a inclusão da Liga Norte Riograndense contra o Câncer no sistema de realização de procedimentos, após habilitação no Ministério da Saúde. Além disso, o maior número de procedimentos realizados foi o de transplante de córneas, que subiu de 71 para 94 no mesmo período analisado.
Rogéria Medeiros, coordenadora da Central Estadual de Transplantes do RN, explicou que o aumento nos transplantes de córneas é resultado de um esforço contínuo de conscientização nas unidades hospitalares. “O aumento no número de transplantes de córneas é resultado do trabalho de conscientização nas unidades hospitalares”, afirmou Rogéria.
Apesar do avanço nos números de transplantes realizados, Rogéria Medeiros ressaltou que a fila de pacientes em espera por transplantes ainda é grande no Rio Grande do Norte. “Nossa fila ainda é muito grande e, apesar desse aumento do número de transplantes realizados, nossa fila continua aumentando. E por que isso acontece? Provavelmente por um melhor acesso dessas pessoas a um diagnóstico e à fila de transplantes”, explicou.
Com informações do G1