Programa de recuperação de estradas do RN exclui cerca de 800 km de rodovias em estado crítico



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Foto: Carmem Felix/ASSECOM Foto: Carmem Felix/ASSECOM

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou um programa de recuperação de rodovias com um investimento inicial de R$ 428 milhões. No entanto, aproximadamente 800 km de estradas estaduais classificadas como ruins e péssimas ficaram de fora dos três primeiros lotes divulgados.

Os critérios de seleção das rodovias para os primeiros lotes foram baseados em análises técnicas, considerando não apenas o estado da pavimentação, mas também o fluxo de veículos e pessoas, bem como cargas transportadas. Segundo o governo, as vias que demandavam maior segurança viária foram priorizadas.

“Aquelas vias que demandavam maior segurança viária foram indicadas, inclusive, como prioritárias. Os critérios são a qualidade do pavimento, mas também o estudo de tráfego. Essa é apenas a primeira etapa, teremos outras e vamos contemplando outros trechos seguindo os mesmos critérios: tráfego, segurança viária, transporte de riquezas e tudo mais”, explica o secretário estadual de Infraestrutura do RN, Gustavo Coelho.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), produzido um relatório interno a pedido da Controladoria Geral do Estado, onde dividiu as rodovias estaduais em sete distritos, classificando os trechos como ótimos, bons, regulares, ruins ou péssimos. No entanto, o documento não especifica os critérios utilizados para cada classificação.

De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), estradas classificadas como ruins ou péssimas apresentam problemas graves em sua pavimentação, como buracos, fissuras e desgaste acentuado, prejudicando a segurança e a fluidez do tráfego.

Embora o programa contemple inicialmente cerca de 435 km de estradas em estado crítico, muitos trechos importantes foram deixados de fora, gerando preocupações em diversas regiões do estado. Prefeitos de cidades não contempladas lamentaram a exclusão de rodovias vitais para o desenvolvimento regional.

Um desses casos é da RN-120 num trecho de 28km apontado como péssimo entre as cidades de Bento Fernandes, Riachuelo e João Câmara. O prefeito Manoel Bernardo (DEM) cita prejuízos e lembra que a RN interliga as regiões do Mato Grande, Litoral Norte e Potengi.

“A estrada de fato é péssima, já vem há alguns anos sem manutenção. É uma RN que liga as BRs 406 e 304. E é uma rodovia que liga duas regiões importantes do Estado, que é a Potengi com o Mato Grande. Infelizmente o Governo não tem dado essa atenção à região do Mato Grande, não sei se é algum preconceito conosco, mas benefício do Governo do Estado para nossa região é difícil”, disse. “Talvez porque somos adversários? Não sei. Pode ser isso, mas qualquer outra coisa. Não acredito que o Governo vá punir toda uma população porque o prefeito não votou. Em João Câmara, a governadora teve mais de 60% dos votos e a população está sendo punida por isso”, acrescentou.

Já em Macaíba, na Grande Natal, 13 km de um trecho classificado como ruim entrará no projeto de recuperação, no entando,outro trecho de 23 km na RN-160 ficou de fora.

“Num primeiro momento fomos atendidos com o tapa-buracos, mas foi paralisado e não voltou mais. O prefeito esteve novamente nessa semana fazendo novo pleito para que fosse dado continuidade. Esse tapa-buraco é imprescindível. São rotas de escoamento de produtividade rural e está prejudicando muito”, cita o secretário de Infraestrutura do município, Vitor Aguiar.

O secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, explicou que a restauração das rodovias não se limitará a uma simples operação tapa-buracos, mas envolverá intervenções mais amplas, incluindo recapeamento asfáltico e melhorias na sinalização.

O governo assinou na sexta-feira (3) a ordem de serviço para o início das obras do primeiro lote, que abrange cerca de 210 km em diversas cidades do estado. Os demais lotes, com 24 trechos, estão em fase final de licitação.

Com recursos adicionais provenientes do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) e de um possível empréstimo junto ao Banco Mundial, o governo pretende ampliar os investimentos na recuperação das estradas potiguares nos próximos anos.

Confira as cidades que ficaram de fora

Assu, Grossos, Carnaubais, Jucurutu, Caicó, São João do Sabugi, Ouro Branco, Jardim do Seridó, Parelhas, Guamaré, Macau, Bento Fernandes, Riachuelo, João Câmara, Boa Saúde, São José de Mipibu, Goianinha, Arês, São Bento do Trairi, Senador Eloi de Souza, Serrinha, Santo Antônio, Monte Alegre, Canguaretama, Vila Flor, Pedro Velho, Montanhas, Nova Cruz, Brejinho, Passagem, Espírito Santo, Jundiá, Nísia Floresta, Georgino Avelino, Ceará Mirim, Santa Maria, São Paulo do Potengi, Macaíba, Vera Cruz, entre outras.




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Programa de recuperação de estradas do RN exclui cerca de 800 km de rodovias em estado crítico



Foto: Carmem Felix/ASSECOM Foto: Carmem Felix/ASSECOM




O Governo do Rio Grande do Norte anunciou um programa de recuperação de rodovias com um investimento inicial de R$ 428 milhões. No entanto, aproximadamente 800 km de estradas estaduais classificadas como ruins e péssimas ficaram de fora dos três primeiros lotes divulgados.

Os critérios de seleção das rodovias para os primeiros lotes foram baseados em análises técnicas, considerando não apenas o estado da pavimentação, mas também o fluxo de veículos e pessoas, bem como cargas transportadas. Segundo o governo, as vias que demandavam maior segurança viária foram priorizadas.

“Aquelas vias que demandavam maior segurança viária foram indicadas, inclusive, como prioritárias. Os critérios são a qualidade do pavimento, mas também o estudo de tráfego. Essa é apenas a primeira etapa, teremos outras e vamos contemplando outros trechos seguindo os mesmos critérios: tráfego, segurança viária, transporte de riquezas e tudo mais”, explica o secretário estadual de Infraestrutura do RN, Gustavo Coelho.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), produzido um relatório interno a pedido da Controladoria Geral do Estado, onde dividiu as rodovias estaduais em sete distritos, classificando os trechos como ótimos, bons, regulares, ruins ou péssimos. No entanto, o documento não especifica os critérios utilizados para cada classificação.

De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), estradas classificadas como ruins ou péssimas apresentam problemas graves em sua pavimentação, como buracos, fissuras e desgaste acentuado, prejudicando a segurança e a fluidez do tráfego.

Embora o programa contemple inicialmente cerca de 435 km de estradas em estado crítico, muitos trechos importantes foram deixados de fora, gerando preocupações em diversas regiões do estado. Prefeitos de cidades não contempladas lamentaram a exclusão de rodovias vitais para o desenvolvimento regional.

Um desses casos é da RN-120 num trecho de 28km apontado como péssimo entre as cidades de Bento Fernandes, Riachuelo e João Câmara. O prefeito Manoel Bernardo (DEM) cita prejuízos e lembra que a RN interliga as regiões do Mato Grande, Litoral Norte e Potengi.

“A estrada de fato é péssima, já vem há alguns anos sem manutenção. É uma RN que liga as BRs 406 e 304. E é uma rodovia que liga duas regiões importantes do Estado, que é a Potengi com o Mato Grande. Infelizmente o Governo não tem dado essa atenção à região do Mato Grande, não sei se é algum preconceito conosco, mas benefício do Governo do Estado para nossa região é difícil”, disse. “Talvez porque somos adversários? Não sei. Pode ser isso, mas qualquer outra coisa. Não acredito que o Governo vá punir toda uma população porque o prefeito não votou. Em João Câmara, a governadora teve mais de 60% dos votos e a população está sendo punida por isso”, acrescentou.

Já em Macaíba, na Grande Natal, 13 km de um trecho classificado como ruim entrará no projeto de recuperação, no entando,outro trecho de 23 km na RN-160 ficou de fora.

“Num primeiro momento fomos atendidos com o tapa-buracos, mas foi paralisado e não voltou mais. O prefeito esteve novamente nessa semana fazendo novo pleito para que fosse dado continuidade. Esse tapa-buraco é imprescindível. São rotas de escoamento de produtividade rural e está prejudicando muito”, cita o secretário de Infraestrutura do município, Vitor Aguiar.

O secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, explicou que a restauração das rodovias não se limitará a uma simples operação tapa-buracos, mas envolverá intervenções mais amplas, incluindo recapeamento asfáltico e melhorias na sinalização.

O governo assinou na sexta-feira (3) a ordem de serviço para o início das obras do primeiro lote, que abrange cerca de 210 km em diversas cidades do estado. Os demais lotes, com 24 trechos, estão em fase final de licitação.

Com recursos adicionais provenientes do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) e de um possível empréstimo junto ao Banco Mundial, o governo pretende ampliar os investimentos na recuperação das estradas potiguares nos próximos anos.

Confira as cidades que ficaram de fora

Assu, Grossos, Carnaubais, Jucurutu, Caicó, São João do Sabugi, Ouro Branco, Jardim do Seridó, Parelhas, Guamaré, Macau, Bento Fernandes, Riachuelo, João Câmara, Boa Saúde, São José de Mipibu, Goianinha, Arês, São Bento do Trairi, Senador Eloi de Souza, Serrinha, Santo Antônio, Monte Alegre, Canguaretama, Vila Flor, Pedro Velho, Montanhas, Nova Cruz, Brejinho, Passagem, Espírito Santo, Jundiá, Nísia Floresta, Georgino Avelino, Ceará Mirim, Santa Maria, São Paulo do Potengi, Macaíba, Vera Cruz, entre outras.


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