Amigos e familiares de Fabiana Veras, carinhosamente chamada de “Faby” por aqueles mais próximos, estão contestando a versão divulgada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte sobre a motivação do crime e o relacionamento entre a vítima e o suspeito.
Uma amiga próxima da psicóloga, que prefere não se identificar revelou que Fabiana nunca mencionou João Batista Carvalho: “Nós não o conhecíamos e nunca ouvimos falar dele. Ela nunca mencionou essa pessoa. Soubemos da identidade do suspeito no mesmo dia em que foi divulgado, junto com a imprensa e os investigadores” afirma.
Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (23), a Polícia Civil afirmou que o suspeito mantinha um relacionamento com uma amiga da psicóloga e estava buscando uma reaproximação, mas Fabiana teria se recusado a colaborar. Ao ser questionada sobre essa versão, a amiga contestou: “Essa informação de que era uma amiga próxima que tinha um relacionamento com ele não é verdadeira, ela era uma paciente dela”.
Ela também esclareceu que não tinham conhecimento prévio do suspeito: “Os rumores na família giram em torno do consultório dela. Afinal, Fabiana era uma profissional muito ética e discreta, que seguia rigorosamente o código de ética da Psicologia. Se fosse relacionado a um caso clínico, provavelmente ninguém saberia. O que está sendo discutido nas redes sociais é que muitas pessoas estão falando sobre o suspeito e o associando à academia que ela frequentava e até mesmo a um possível relacionamento amoroso, mas, se fosse verdade, nós, amigas próximas, já teríamos sido informadas por ela mesma, por ser um vínculo mais íntimo, mas isso não ocorreu”.
A amiga sugeriu que o criminoso possa ter atribuído toda a responsabilidade pelo término do relacionamento à psicóloga: “Para cometer um crime tão brutal e premeditado, a pessoa precisa ser movida, no mínimo, pelo ódio. Ele demonstrou isso o tempo todo. Provavelmente transferiu para Fabiana toda a culpa pelo fim do relacionamento. Acreditamos que Fabiana estava lidando com o encerramento do relacionamento com sua paciente durante seu acompanhamento psicológico, e ele simplesmente não aceitou. Então, ele a culpou por tudo. Pelo menos é o que acreditamos. Os próprios familiares afirmam que o vínculo entre eles era estritamente profissional”.
A amiga fez questão de destacar as qualidades de Fabiana, que foi tragicamente assassinada: “Fabiana era uma pessoa maravilhosa, cheia de luz. Onde quer que ela estivesse, irradiava alegria e liderança. Ela sorria para tudo, fazia de tudo para que todos se sentissem bem! Com relação à família, era uma mãe extremamente cuidadosa, que se dedicava muito à filha, e era carinhosa e prestativa com todos. Ela fará muita falta, na verdade, já está fazendo”.