400 contra 1: um mergulho na origem do crime organizado no Brasil

Procurando uma metáfora em que pudesse encaixar o Estado (Nação Brasileira), eis que resolvi criar uma: o Estado é um “caranguejo” quando o assunto é resolver os problemas crônicos em áreas como: educação, saúde, segurança, moradia, infraestrutura entre outras coisas. Porque um caranguejo? Pelo fato de andar sempre de lado dos problemas, mas nunca os ataca de frente na busca por soluções definitivas. Às vezes até surgem soluções, porém como paliativo ao problema.

É um caranguejo, também, porque as vezes aparece algum administrador das políticas do Estado envoltos na lama da corrupção. As tomadas de decisão por parte de quem rege a coisa pública parecem ser feitas sem respeitar fatores históricos, econômico e socioambientais.

A direita e extrema-direita, quando no poder, desenvolvem políticas no setor de segurança e de enfrentamento (guerra) com extermínio das populações mais vulneráveis socialmente, bem como a política de encarceramento de amontoar corpos humanos em presídios infectos, onde no lugar de ressocializar os indivíduos o que se cria são mais bandidos que se organizam cada vez mais.

E a esquerda, essa apesar de identificar fatores históricos relacionado as condições socioeconômicas como causadoras da criminalidade, não consegue ter uma proposta que a combata. Os verdadeiros anseios das populações estão sempre colocados de lado.

Seu degustador de filmes, séries e tudo mais que o audiovisual produz, traz, dessa vez, um filme para reflexão que abarca questões históricas, senão do nascimento, mas dos primeiros passos do que viria a ser o crime organizado em nosso país, como esse começou a crescer nas cadeias, no caso do filme, no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e que dali serviu de modelo para outras organizações Brasil afora.

Hoje os noticiários de TVs e as reportagens da área policial corroboram para demonstrar que já não existe lugar nesse país sem uma, ou até várias, organização criminosas, deixando a população que vive na insegurança no sofrimento.

Esse longa metragem foi lançado em 2010, dirigido por Caco Souza, retratando a ascensão do Comando Vermelho, facção carioca fundada na década de 70. Baseado no livro autobiográfico de William da Silva Lima, um dos fundadores da organização, o filme acompanha sua trajetória desde o presídio da Ilha Grande até a liderança do grupo. Através de flashbacks, a produção explora as motivações e os desafios enfrentados por William e seus comparsas, contextualizando o surgimento do crime organizado no Brasil em meio à repressão da ditadura militar.

O filme serve como um ponto de partida para se entender a complexa teia da evolução do crime organizado, que se diversificou e se fortaleceu ao longo das décadas. Fatores como pobreza, desigualdade social, encarceramento em massa e corrupção são apontados como terreno fértil para o desenvolvimento de grupos criminosos. A fragilidade do sistema prisional, a falta de oportunidades para ex-presidiários e a ineficiência das políticas públicas contribuem para a perpetuação do ciclo de violência.

“400 Contra 1″, filme que vai além da mera narrativa policial, convidando o público a refletir sobre as raízes sociais do crime e os desafios na busca por soluções eficazes, levantando questionamentos sobre o papel do Estado no combate à criminalidade e a necessidade de medidas que ataquem as causas estruturais do problema.

A obra também convida a pensar sobre a figura do bandido, reconhecendo a complexidade de suas motivações e trajetórias. Mais do que um filme de ação, “400 Contra 1” é um convite à reflexão crítica sobre um tema crucial para a sociedade brasileira. A produção oferece subsídios para entendermos a gênese do crime organizado e os desafios na construção de um futuro mais justo e seguro para todos.

Ao término do filme ficam os questionamentos: por que que no exato momento onde o crime organizado começa a ganhar corpo, nada foi feito para extingui-lo? Por que foi permitido que fosse ganhando mais corpo ao longo dos anos? Será que não havia informações a respeito? Ou será que nosso “Estado caranguejo” preferiu acompanhar tudo andando de lado, à espera que um milagre tudo resolvesse?

Essas são apenas divagações minhas, assista o filme e tire suas conclusões.



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Procurando uma metáfora em que pudesse encaixar o Estado (Nação Brasileira), eis que resolvi criar uma: o Estado é um “caranguejo” quando o assunto é resolver os problemas crônicos em áreas como: educação, saúde, segurança, moradia, infraestrutura entre outras coisas. Porque um caranguejo? Pelo fato de andar sempre de lado dos problemas, mas nunca os ataca de frente na busca por soluções definitivas. Às vezes até surgem soluções, porém como paliativo ao problema.

É um caranguejo, também, porque as vezes aparece algum administrador das políticas do Estado envoltos na lama da corrupção. As tomadas de decisão por parte de quem rege a coisa pública parecem ser feitas sem respeitar fatores históricos, econômico e socioambientais.

A direita e extrema-direita, quando no poder, desenvolvem políticas no setor de segurança e de enfrentamento (guerra) com extermínio das populações mais vulneráveis socialmente, bem como a política de encarceramento de amontoar corpos humanos em presídios infectos, onde no lugar de ressocializar os indivíduos o que se cria são mais bandidos que se organizam cada vez mais.

E a esquerda, essa apesar de identificar fatores históricos relacionado as condições socioeconômicas como causadoras da criminalidade, não consegue ter uma proposta que a combata. Os verdadeiros anseios das populações estão sempre colocados de lado.

Seu degustador de filmes, séries e tudo mais que o audiovisual produz, traz, dessa vez, um filme para reflexão que abarca questões históricas, senão do nascimento, mas dos primeiros passos do que viria a ser o crime organizado em nosso país, como esse começou a crescer nas cadeias, no caso do filme, no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e que dali serviu de modelo para outras organizações Brasil afora.

Hoje os noticiários de TVs e as reportagens da área policial corroboram para demonstrar que já não existe lugar nesse país sem uma, ou até várias, organização criminosas, deixando a população que vive na insegurança no sofrimento.

Esse longa metragem foi lançado em 2010, dirigido por Caco Souza, retratando a ascensão do Comando Vermelho, facção carioca fundada na década de 70. Baseado no livro autobiográfico de William da Silva Lima, um dos fundadores da organização, o filme acompanha sua trajetória desde o presídio da Ilha Grande até a liderança do grupo. Através de flashbacks, a produção explora as motivações e os desafios enfrentados por William e seus comparsas, contextualizando o surgimento do crime organizado no Brasil em meio à repressão da ditadura militar.

O filme serve como um ponto de partida para se entender a complexa teia da evolução do crime organizado, que se diversificou e se fortaleceu ao longo das décadas. Fatores como pobreza, desigualdade social, encarceramento em massa e corrupção são apontados como terreno fértil para o desenvolvimento de grupos criminosos. A fragilidade do sistema prisional, a falta de oportunidades para ex-presidiários e a ineficiência das políticas públicas contribuem para a perpetuação do ciclo de violência.

“400 Contra 1″, filme que vai além da mera narrativa policial, convidando o público a refletir sobre as raízes sociais do crime e os desafios na busca por soluções eficazes, levantando questionamentos sobre o papel do Estado no combate à criminalidade e a necessidade de medidas que ataquem as causas estruturais do problema.

A obra também convida a pensar sobre a figura do bandido, reconhecendo a complexidade de suas motivações e trajetórias. Mais do que um filme de ação, “400 Contra 1” é um convite à reflexão crítica sobre um tema crucial para a sociedade brasileira. A produção oferece subsídios para entendermos a gênese do crime organizado e os desafios na construção de um futuro mais justo e seguro para todos.

Ao término do filme ficam os questionamentos: por que que no exato momento onde o crime organizado começa a ganhar corpo, nada foi feito para extingui-lo? Por que foi permitido que fosse ganhando mais corpo ao longo dos anos? Será que não havia informações a respeito? Ou será que nosso “Estado caranguejo” preferiu acompanhar tudo andando de lado, à espera que um milagre tudo resolvesse?

Essas são apenas divagações minhas, assista o filme e tire suas conclusões.





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